ALBA aprova reestruturação da Polícia Militar com novos comandos e batalhões; associação critica falta de efetivo

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou, nesta terça-feira (2), o projeto de lei que altera a estrutura operacional da Polícia Militar da Bahia (PM-BA). A proposta prevê a criação de três novos comandos regionais — em Jequié, Irecê e Alagoinhas — além de 13 batalhões, oito Companhias Independentes, um comando de inteligência e um centro de gestão patrimonial.

Em Salvador, as novas unidades serão implantadas no Nordeste de Amaralina e em Itapuã. Já no interior, receberão novos batalhões Feira de Santana, Eunápolis, Luís Eduardo Magalhães, Jacobina, Valença e Candeias. Também haverá a transformação de cinco Rondesps em batalhões, além da criação de companhias independentes em Cafarnaum, Monte Santo, Conceição de Jacuípe, Cachoeira, Xique-Xique, Maragogipe e Juazeiro.

Segundo o governo, a medida tem como objetivo descentralizar o comando e dar mais efetividade às ações da corporação.

Críticas da Associação dos Praças

A iniciativa, no entanto, recebeu críticas da Associação dos Praças da Polícia Militar (APPM). De acordo com a presidente da entidade, Alaice Gomes, as mudanças representam apenas alteração de nomenclatura, sem impacto real no efetivo.

“Uma companhia da Rondesp vai se transformar em batalhão, mas com o mesmo efetivo. É apenas alteração de símbolos e hierarquia, pois quem comandará será um tenente-coronel ao invés de um major”, afirmou.

A APPM aponta uma defasagem de cerca de 14 mil soldados e sargentos na corporação e cobra a abertura de concursos públicos, promoções internas e valorização da base.

“São os soldados e subtenentes que têm suportado a pressão da violência no estado. O que buscamos é promoção, ingresso de novos soldados e a convocação do Curso de Formação de Técnicos Administrativos (CFTA), que previa duas turmas este ano e não aconteceu”, destacou Alaice.

Com a aprovação, o projeto segue para sanção do governador Jerônimo Rodrigues (PT).