Crítica; 'The Electric State', filme da Netflix que custou uma fortuna é fraco e sem alma
- Wilke Lima

- 17 de mar.
- 2 min de leitura

Tudo bem, nada do que eu disser aqui vai impedir você de ver o filme, e nem é essa minha intenção, nunca, mas é que o filme é ótimo e funciona muito bem como um filme de aventura , só que para as crianças. Recém-lançado pela Netflix, The Electric State chama atenção pelo elenco estelar, protagonizado pelos atores Millie Bobby Brown e Chris Pratt, pelo orçamento generoso, sendo um dos filmes mais caros já produzidos, e pela recepção negativa da crítica, mas isso não significa que o filme é ou será um fracasso. Talvez se a exibição fosse nos cinemas, não valeria gastar dinheiro pra ver uma história genérica e que nos apresenta mais do mesmo com vários elementos misturados que já vimos em outros filmes, como por exemplo, uma guerra entre humanos e robôs ou o avanço da tecnologia prejudicial a sociedade.
A dinâmica reitera uma tendência cada vez mais presente na plataforma, de filmes cheios de estrelas, que entretêm e são uma espécie de escape para os espectadores, ao mesmo tempo em que recebem avaliações negativas dos críticos — mas são assistidos por centenas de milhões de assinantes. Eu confesso até, que em alguns poucos momentos você se comove com algum robô do filme, com o ele entre eles e os humanos, acha fofo, torce por eles na batalha contra a empresa vilã da história, mas o roteiro nos apresenta uma história genérica e muito mais infantil do que uma ação mais madura e pesada.
Eles criaram para o filme um mundo realmente impressionante e visualmente espetacular pra depois contar dentro dele uma história fraca, sem alma, e que todo mundo já viu. The Electric State acompanha Brown, Pratt e uma sucessão de robôs malucos em uma versão alternativa dos Estados Unidos dos anos 1990, marcada por uma guerra entre humanos e robôs inteligentes e por uma relação familiar forte que é a base de sustentação do filme. Você não vai se arrepender em assistir, porém não achará nada de tão grandioso quanto a Netflix diz em sua propaganda.



