Educação Infantil de Vitória da Conquista deve zerar consumo de açúcar até o fim do ano
- Da Redação
- 29 de jan.
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O consumo de açúcar na alimentação das crianças matriculadas nos 32 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e creches conveniadas de Vitória da Conquista deve ser completamente eliminado até o final de 2025. A medida atende à Resolução nº 6/2020 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que atualizou as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar para promover uma alimentação mais saudável nas escolas.
A norma deveria ter sido implementada em 2021, mas devido à pandemia de Covid-19, o prazo foi estendido. Em Vitória da Conquista, a adaptação começou em 2022, com a conscientização dos pais e a redução progressiva do açúcar e de alimentos ultraprocessados nas escolas. Em 2023, a redução chegou a 20%, aumentando para 50% em 2024. No início deste ano, a previsão é cortar mais 30%, alcançando 80%. Até dezembro, a meta é eliminar completamente o açúcar da alimentação escolar.

Durante reunião com diretores de CMEIs e creches conveniadas, a Coordenação de Alimentação Escolar reforçou que a exclusão do açúcar atende às diretrizes do Ministério da Educação e visa prevenir doenças como obesidade, hipertensão, problemas cardiovasculares e diabetes.

O coordenador de Alimentação Escolar, Rodrigo Gigante, explicou que a resolução não recomenda apenas a redução do açúcar, mas sua retirada total, incluindo alimentos ultraprocessados com adição de açúcar, mel ou adoçante. “Tudo deve ser in natura. O café com leite, por exemplo, não pode conter açúcar, mel ou adoçante. Vamos substituir o açúcar por alternativas naturais, como uva passa e banana d’água (nanica)”, detalhou.
Atualmente, Vitória da Conquista conta com 5.595 alunos matriculados na educação infantil. Segundo Rodrigo, a adaptação precisa ser acompanhada por um trabalho de conscientização junto às famílias. “Ao longo do ano, o açúcar será reduzido até sua eliminação completa. Os gestores, com nosso apoio, devem conscientizar a comunidade sobre a importância dessa mudança. Somos fiscalizados por órgãos superiores e precisamos garantir o cumprimento da regulamentação”, afirmou.

A diretora da creche conveniada Jesus de Nazaré, Patrícia Curi, ressaltou que a iniciativa é essencial, mas exige envolvimento coletivo. “Criamos nossos filhos dessa forma e nada mais justo do que levar essa prática para a escola. Precisamos do apoio da Secretaria Municipal de Educação para que as famílias compreendam que essa mudança contribui para o desenvolvimento das crianças, sem nos ver como vilões. Não será uma batalha fácil, mas estamos aqui para fazer o melhor”, concluiu.