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Estudantes da UESB paralisam atividades nos três campi nesta terça (28) em protesto contra fechamento do Restaurante Universitário


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Os estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) anunciaram paralisação total das atividades acadêmicas nesta terça-feira (28) em protesto contra o fechamento do Restaurante Universitário (RU) em um dia letivo. O movimento, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e pelos Centros Acadêmicos (CAs), afirma que a decisão é uma resposta à falta de diálogo da Reitoria e Pró-Reitoria de Ações Afirmativas, Permanência e Assistência Estudantil (PROAPA) e às condições precárias do serviço de alimentação.


De acordo com nota divulgada pelo DCE, o movimento foi construído de forma coletiva e emergencial, após a PROAPA encaminhar, na última sexta-feira (25), um comunicado informando que, devido ao feriado do Dia do Servidor Público e à paralisação dos professores, o Restaurante Universitário não abriria nesta terça-feira, mesmo sendo um dia de aula regular.


“Com fome, ninguém estuda. Gostaríamos de estar assistindo aula, mas não dá pra ser conivente com uma pró-reitoria que reconhece que alimentação é uma necessidade básica e, ainda assim, fecha o restaurante em pleno dia letivo”, diz o comunicado estudantil.


“Comida é uma necessidade fisiológica, não um privilégio”


Os estudantes destacam que o fechamento do RU representa mais um episódio de descaso com a política de permanência estudantil na universidade. Segundo o movimento, a própria PROAPA reconhece a importância do RU como ferramenta essencial para garantir o acesso e a permanência dos alunos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, mas não tem assegurado a regularidade do serviço.


Durante o Congresso da UESB, realizado recentemente no campus de Vitória da Conquista, o restaurante chegou a oferecer refeições a R$ 2,00 para todos os estudantes, o que os alunos apontam como uma contradição. “A pró-reitoria admitiu que alimentação é uma necessidade fisiológica e ofereceu comida a todos durante o congresso. Mas, na rotina, mantém o discurso de que não há orçamento suficiente para garantir o serviço a quem mais precisa”, afirma o DCE.


Denúncias e falta de resposta da universidade


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Além da paralisação, os estudantes denunciam a omissão da Reitoria e PROAPA diante de problemas recorrentes no Restaurante Universitário, administrado pela empresa 2G2M. Entre as queixas estão comida estragada, presença de larvas e alimentos mofados, situações já relatadas por alunos ao Portal Cubo e às próprias instâncias administrativas da universidade.

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Os representantes estudantis afirmam ainda que a pró-reitora Adriana Amorim foi notificada via WhatsApp e e-mail para se pronunciar sobre as denúncias e sobre o fechamento do RU, mas não respondeu aos estudantes até o momento, o que classificam como “silêncio, omissão e negligência”.


“Não é apenas o DCE, nem apenas os Centros Acadêmicos. É a comunidade acadêmica que não tolera mais esse posicionamento”, diz a nota. “Outras paralisações virão caso as reivindicações sobre assistência e permanência não sejam ouvidas, negociadas e cumpridas. Ocupações também não estão descartadas.”


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Reivindicações e próximos passos


O movimento estudantil exige da administração da UESB a garantia do funcionamento contínuo e em condições adequadas do Restaurante Universitário, além de transparência na execução do contrato com a empresa 2G2M e diálogo permanente com os estudantes.


A paralisação começa nesta segunda à noite (27), com o fechamento dos portões dos campi de Vitória da Conquista, Itapetinga e Jequié, permitindo apenas o acesso de serviços essenciais e dos alunos do CETEP.

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