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Fotógrafo brasileiro André Fernandes leva exposição sobre Candomblé ao Paraguai e ganha destaque internacional


Fotógrafo brasileiro André Fernandes | Créditos: Mai Katz/Divulgação
Fotógrafo brasileiro André Fernandes | Créditos: Mai Katz/Divulgação

Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o fotógrafo brasileiro André Fernandes segue em cartaz com a exposição Candomblé em Asunción, no Paraguai. A mostra está aberta à visitação no Instituto Guimarães Rosa (IGR) e reúne obras inéditas e premiadas que retratam elementos da identidade afro-brasileira, convidando o público paraguaio a um mergulho nas expressões da diáspora.



Oxum (Créditos: André Fernandes)
Oxum (Créditos: André Fernandes)

Localizada na Calle Eligio Ayala, esquina com a Avenida Perú, a visita pode ser realizada gratuitamente mediante agendamento via Instagram da Embaixada: @igrasuncion.cultural. Durante a visita guiada, o público conhece a série premiada Orixás (2014) e o novo ensaio Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá (2025), que juntos somam 31 obras.


A exposição tem atraído grande público desde a abertura e recebeu elogios da imprensa local, incluindo o jornal La Nación, um dos mais influentes do Paraguai. A chefe do setor cultural do IGR Asunción, Carolina Paranhos, destacou o impacto da mostra:






“André teve o grande mérito de dar visibilidade à prática do Candomblé não apenas no Brasil, mas também aqui, onde existem muitos praticantes dessa religião de base africana. A exposição bateu recorde de público no Instituto Guimarães Rosa desde a inauguração.”

As séries Orixás e Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá



Oxum (Créditos: André Fernandes)
Oxum (Créditos: André Fernandes)

A série Orixás surge dos registros realizados no terreiro Ilê Axé Alaketu, em Salvador, sob orientação do Babalorixá Indarê Sá. As quinze fotografias destacam a tradição, as vestes e a ancestralidade dos orixás e renderam ao artista o prêmio no Concurso Internacional de Arte para Artistas Minoritários da ONU, em Genebra.


Após esse reconhecimento, André Fernandes produziu o novo ensaio Ounjẹ Òrìṣà – Comida de Orixá, composto por dezesseis fotografias de alimentos sagrados preparados por Tata ria Nkisi Douglas Santana, destacando a relação entre culinária, espiritualidade e tradição oral.


Segundo a curadora Mai Katz, a série reforça a importância dos rituais alimentares:


“Não existe Candomblé sem comida, e cada preparo é um gesto de respeito. Os ingredientes, modos de preparo e utensílios carregam significados transmitidos por gerações.”

Conexão cultural e participação da comunidade paraguaia


A exposição também envolveu a comunidade afro-paraguaia Kamba Cuá, onde crianças produziram quinze desenhos em homenagem aos orixás, em uma atividade acompanhada pelo fotógrafo e pela curadora.


Fernandes ressaltou o papel educativo e social de seu trabalho:


“É muito importante trazer nossa cultura para cá. Este é um trabalho documental que ajuda a desmistificar preconceitos sobre o Candomblé.”

Próxima etapa: Europa em 2026



Oxum (Créditos: André Fernandes)
Oxum (Créditos: André Fernandes)

A série Orixás seguirá para a Europa em 2026, a convite da própria ONU. A previsão é que a mostra chegue ao continente em agosto do próximo ano.


A exposição Candomblé é uma realização do Instituto Guimarães Rosa Asunción (IGR), com patrocínio da Itaipu Binacional, Fundação Itaú e Eurofarma.

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