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'Monstro: A história de Ed Gein' traz uma grande dose de ficção em meio a realidade da mente doentia do protagonista


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A repercussão do caso sobre o homem que desenterrava corpos e que também foi acusado de matar duas mulheres na década de 50 influenciou a criação de três histórias clássicas na história do terror e do cinema. Embora muitos detalhes tenham ficado na sombra dos rumores — como as suspeitas de outras sete mortes —, ao ser preso em novembro de 1957, foram descobertos vários itens na casa que morava com a falecida mãe, Augusta Gein, entre eles: cadeiras feitas com pele humana, tigelas confeccionadas com crânios, máscaras produzidas com cabeças femininas. Tido como mentalmente incapaz para ser preso, Gein foi levado para um hospital psiquiátrico e, apenas 11 anos depois, em 1968, os médicos o consideraram apto para ser julgado.


É baseado nessa história real e doentia que a série da Netflix conta com uma boa dose de ficção também. A produção soube usar muito bem a liberdade criativa, e acho que em vários pontos até exagerou nisso, porém não se perdeu na história, para contar como a mente doentia, psicopata e cruel desenterrava corpos no cemitério, fazia sexo com cadáveres , comia carne humana e além de tudo isso, conseguia passar a imagem de um homem dócil e super tranquilo na cidade.


A produção acertou ao contar essa história pensando na influência que a mãe tinha sobre o Gein. Ela era totalmente fanática religiosa e rígida e um verdadeiro tormento psicológico na vida do filho. Para assistir essa série você terá que ver cenas cruéis, orriplantes e pertubadoras, pois é assim que desenha essa história real nessa ficção. E embora nem tudo tenha sido comprovado como verdadeiro, saber que muitas coisas ali foi real, ainda dá uma ar ainda mais pesado para a série. Porém os episódios de necrofilia, ou canibalismo e até mesmo o assassinato do seu irmão não ficou comprovado o envolvimento dele nesse e varios outros casos e é neles que a série acaba perdendo o realismo da vida do monstro Ed Gien.


Embora a produção mostre Gein cometendo vários assassinatos, apenas duas vítimas são conhecidas: a bartender Mary Hogan, amiga de Gein, e Bernice Worden, dona da loja de ferragens local. Porém como várias outras mortes não foram comprovadas o envolvimento do Ed, a série fez o uso da liberdade criativa e colocou todos os crimes nas costas do seu protagonistas transformando uma história que já era cruel e apavorante, em uma ainda mais aterrorizante.


Entre fatos reais e ficção, entre o comprovado e o não comprovado, a série consegue mexer com o emocional do telespectador unindo os momentos de terror com os momentos de tensão em meio aos delírios da mente pertubadora e maléfica do seu protagonista. Por fim, vale apena destacar as atuações de todo o elenco, mas sobre tudo a do Charlie Hunnam que dá vida ao Ed Gein. Uma atuação digna de Oscar.

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