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MP-BA denuncia três PMs por morte de jovem atingida nas costas durante operação em Salvador e pede prisão preventiva

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O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou à Justiça, nesta quarta-feira (8), três policiais militares envolvidos na morte da estudante de estética Ana Luiza Silva dos Santos de Jesus, de 19 anos, ocorrida em 13 de abril deste ano, no bairro da Engomadeira, em Salvador. O órgão também solicitou a prisão preventiva dos denunciados.


De acordo com as investigações, Ana Luiza foi baleada nas costas enquanto descia uma escadaria em direção à casa onde morava. No momento do disparo, os policiais atiravam contra um homem em fuga, desarmado, em um beco da comunidade. O suspeito conseguiu escapar e nunca foi identificado.


Os denunciados, que fazem parte do Pelotão de Emprego Tático Operacional (Peto) da 23ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), foram acusados de homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, com emprego de meio que gerou perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.


Segundo o MP-BA, os policiais viram Ana Luiza no local e, mesmo assim, persistiram na ação, efetuando disparos em uma área habitada. Após ser atingida, a jovem chegou a ser socorrida pelos próprios PMs e levada para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), mas não resistiu aos ferimentos.


O Ministério Público apontou ainda que, após o crime, os policiais tentaram forjar um confronto armado, acionando o Centro Integrado de Comunicações da Polícia Militar (Cicom) e pedindo reforços, na tentativa de encobrir a execução.


Protestos e reação da comunidade


A morte da jovem causou grande revolta entre os moradores da Engomadeira. No dia seguinte ao crime, manifestantes bloquearam a Estrada das Barreiras, principal via de acesso ao bairro, incendiaram objetos e interromperam o tráfego de ônibus.


A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados para conter os protestos e apagar as chamas. Horas depois, um novo confronto ocorreu entre manifestantes e policiais, que usaram bombas de efeito moral e balas de borracha.


Em nota, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e a Polícia Militar informaram que aguardam notificação oficial do Ministério Público e que os agentes seguem afastados das atividades operacionais, à disposição das investigações.

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