Novo Branca de Neve traz um conto de fadas confuso, beira ao desastre, mas sobrevive pela sua essência
- Wilke Lima

- 28 de mar.
- 2 min de leitura

Um conto de fadas recontado várias vezes que virou um pesadelo; Assim podemos definir esse novo Live-action da Branca de Neve, uma das histórias mais famosas do mundo. Não, não é o fato da mesma história já ser tão reconhecida é recontada várias vezes que faz da nova produção um fiasco, mas é o modo como as coisas foram feitas. Eu não vou nem entrar nas polêmicas que a produção acumulou antes mesmo de estrear, mas uma coisa não podemos passar em branco, a rainha má sendo absurdamente mais linda que a Branca de Neve é algo que o público não conseguiu aceitar mesmo sabendo que a mensagem do filme não é sobre isso. O filme sobrevive pela sua essência, mas beira ao desastre.
Com anões assustadores criados digitalmente e um tom confuso, o mais recente remake live-action da Disney "não é um desastre", mas sim uma "mistura desorientadora. O que torna Branca de Neve tão singular é que parece que alguns produtores quiseram fazer uma homenagem clássica a um conto de fadas feudal, enquanto outros quiseram criar uma releitura revisionista, quase marxista.
Em vez de escolherem um caminho, os produtores aparentemente decidiram fazer as duas versões ao mesmo tempo, e o resultado é uma mistura desconcertante de dois filmes diferentes. Branca de Neve da Disney oscila entre duas estéticas e duas épocas, sem nunca ganhar ritmo. A história é confusa, o tom é incoerente e o ritmo, irregular. Isso não faz do filme um desastre.
De certa forma, essa crise de identidade é o que o torna interessante. Mas essa produção desconjuntada será mais apreciada por estudantes de cinema e política do que por crianças que esperam ser encantadas pela magia da Disney. Nesse caso, há um conto de fadas aqui, mas não tão encantador quanto merecia.



