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Bahia lidera índices de atraso escolar no país, aponta IBGE

Apesar dos avanços na escolarização infantil, a Bahia registrou os maiores índices de atraso escolar do país entre estudantes de 6 a 14 anos e 18 a 24 anos, conforme dados do Censo Demográfico 2022, do IBGE.


Entre crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, 8,9% não estavam no nível adequado de ensino. Já entre jovens de 18 a 24 anos, o atraso escolar atingiu 63,3%, o maior percentual entre os estados brasileiros. No grupo de 15 a 17 anos, o índice foi de 36,4%, colocando a Bahia na quarta posição no país.


Por outro lado, o estado avançou na escolarização infantil. A frequência escolar entre crianças de 0 a 3 anos triplicou desde 2000, passando de 8,1% para 26,8%. Entre crianças de 4 a 5 anos, o índice chegou a 87,7%, e para o grupo de 6 a 14 anos, atingiu 98,4%, superando a média nacional de 98,3%.


Entretanto, a taxa de escolarização entre jovens de 18 a 24 anos caiu de 38,8% (2000) para 27,2% (2022), refletindo a redução de matrículas no ensino médio e no ensino superior.


Metas do Plano Nacional de Educação (PNE)


A Bahia ainda enfrenta desafios para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê, até 2025, universalização da educação infantil e aumento das matrículas na educação básica e superior. Nenhum estado brasileiro atingiu esses objetivos em 2022.


Em nível municipal, 14 cidades baianas alcançaram a meta de ter 50% das crianças de até 3 anos matriculadas na creche. Outros 19 municípios atingiram a universalização da educação infantil para 4 e 5 anos, enquanto 35 cidades cumpriram a meta para estudantes de 6 a 14 anos. Apenas Cordeiros, no Centro-Sul baiano, conseguiu atingir simultaneamente as três metas.


Nível de instrução na Bahia e Salvador


Em 2022, a Bahia tinha a segunda menor taxa de adultos com ensino superior completo do país (12,0%), enquanto Salvador registrava a quarta menor taxa entre as capitais, com 21,4%.


Além disso, em 80% dos municípios baianos, mais da metade da população adulta tinha apenas ensino fundamental incompleto ou nenhuma instrução. A média de anos de estudo na Bahia era de 8,3 anos, abaixo do ensino fundamental completo, sendo a quinta menor média do país.

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