O Brasil é o país onde mais se registram assassinatos de transgêneros no mundo, e a Bahia está entre os primeiros estados com maior número de mortes violentas de pessoas LGBT. Vitória da Conquista tem alcançado alguns avanços na consolidação da cidadania desse público: o Conjunto Penal da cidade é o primeiro do estado a criar uma cela voltada exclusivamente ao público LGBT, em funcionamento há cerca de dois anos. Atualmente são 14 internos.
“Essa separação permite que eles possam ter um convívio sadio dentro das normas do sistema prisional e tendo sua integridade física resguardada, e também seus direitos”, explica o diretor da instituição, capitão Gilberto Silva.
“Dentro da comunidade LGBTQI+, a gente percebe que a população transsexual, de travestis, de homens trans e mulheres trans, estão menos valorizados. Para você ter ideia, a gente teve um aumento de 14% de violência com relação à população trans no Brasil, principalmente de janeiro a novembro de 2019. Então, a gente precisa pensar por que estão matando tantos transexuais, por que essa violência na nossa comunidade?”, questiona o Coordenador Municipal de Políticas Públicas e Promoção da Cidadania e Direitos LGBT, José Mário Barbosa.
Avanços
Com o trabalho da Prefeitura, por meio da Coordenação Municipal LGBT, entre 2018 e 2019, 36 homens e mulheres trans garantiram o registro do seu nome social no RG, CPF e registro civil. Além disso, a Unidade de Saúde João Melo está sendo preparada para se tornar referência no atendimento da população trans. Lá, serão realizados exames laboratoriais, consultas e ultrassonografias para o processo de transição.
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