A Bahia ocupa o segundo lugar no ranking de estados mais violentos para a população LGBTQIAPN+ em 2024, conforme levantamento divulgado pelo Observatório do Grupo Gay da Bahia (GGB). No ano passado, o estado registrou 31 mortes violentas, representando mais de 10,65% dos casos em todo o Brasil.
Os dados revelam que, nacionalmente, as mortes violentas dessa população aumentaram 13,2% em relação a 2023, totalizando 291 vítimas em 2024. Na Bahia, Salvador se destacou como a capital com maior número de casos, com 14 mortes registradas, superando São Paulo (13) e Belo Horizonte (7).
Entre as vítimas na Bahia está Neuritânia Pacheco, uma mulher trans de 48 anos, assassinada brutalmente em Sobradinho, no norte do estado. Ela desapareceu após sair de casa para um encontro e teve o corpo encontrado com sinais de apedrejamento. Um adolescente de 17 anos foi apreendido, suspeito de envolvimento no crime, que teria motivação relacionada a vingança.
O estudo aponta que travestis e mulheres transgêneros estão entre os grupos mais vulneráveis, com 96 mortes no país. Os meios mais utilizados nos crimes foram arma branca (65), arma de fogo (63) e espancamento (32).
Apesar de Salvador liderar em números absolutos, a cidade ficou em quarto lugar no ranking proporcional, considerando o número de habitantes, ficando atrás de Cuiabá (MT), Palmas (TO) e Teresina (PI).
O levantamento do GGB, feito há 45 anos, considera notícias veiculadas na imprensa e relatos enviados à organização, contabilizando homicídios, latrocínios, suicídios e outras causas.
