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Polícia Militar informa que tentativa de greve tem a 'intenção de criar clima de insegurança'

A Associação dos Policiais Militares e Seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) informou que policiais decidiram, em assembleia realizada em Salvador, nesta terça-feira (8), fazer uma paralisação por tempo indeterminado. O governo da Bahia e a Polícia Militar, no entanto, disseram que o funcionamento das atividades policiais segue normal e negam a paralisação.


"A nossa tropa está nas ruas, inclusive hoje ela vai dar uma resposta mostrando o quanto estamos compromissados com a segurança de vocês", declarou o Comandante Geral da PM, Cel. Anselmo Brandão.

Conforme a Aspra, a mobilização é para cobrar do governo reivindicações como melhorias no Planserv, plano de carreira, reajuste do benefício da Condição Especial de Trabalho (CET), entre outros pontos.


O que diz o Governo


O governo da Bahia disse que o Comando Geral da Polícia Militar afirma que recebeu a informação da paralisação, que teria sido decretada por um deputado estadual. O governo afirma, no entanto, que "trata-se de um movimento político sem a adesão da PM".


"A Polícia Militar informa que o movimento político tem a intenção de criar clima de insegurança. Isso não será permitido. A Polícia Militar da Bahia garante o policiamento ostensivo em todo o estado e tranquiliza a população, que deve manter sua rotina normalmente. Reforça que o responsável pelas operações nas ruas é o Quartel do Comando Geral, que está pronto para atender a todas as demandas da sociedade. Adianta ainda que, os policiais que não atenderem suas escalas responderão conforme Legislação Militar", diz trecho da nota do governo.


Em pronunciamento na noite desta terça-feira, por meio das redes sociais, o governador Rui Costa disse que o policiamento está normal e que não houve nenhuma adesão à convocação da Aspra no interior do estado.


O governador também elogiou a atuação da PM e criticou o movimento liderado por um grupo de policiais militares, caracterizado por ele como político. De acordo com Rui Costa, foi feito um monitoramento nas últimas duas horas, em Salvador e no interior do estado, e não houve registro de adesão dos PMs à paralisação.


O que diz a Aspra


A Aspra diz que ficou definido na assembleia que os policiais que estão de serviço vão ficar dentro dos quartéis, sem sair para as ruas. Ainda conforme a associação, os policiais que participaram da assembleia, realizada na sede da Associação Desportiva e Cultural Coelba (Adelba), na capital baiana, vão continuar no local para a realização de novas reuniões para decidir sobre os próximos rumos do movimento.


A Aspra destacou que espera uma negociação com o governo. Diz que também estão entre as reivindicações o cumprimento de cláusulas de um acordo assinado em 2014 e que ainda não teria sido cumprido.


Segundo a Aspra, na lista de reivindicações estão a "solução para os problemas do RH, reforma do estatuto, código de ética, isenção de ICMS na compra de armas de fogo por servidores da segurança pública e regulamentação da periculosidade, cuja legislação foi aprovada há 18 anos, mas ainda não foi implementada".

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