
Nesta terça-feira (24), Franciele Viana, vendedora da Evolutivon Phones, realizou uma transmissão ao vivo no Instagram ao lado do proprietário da loja, esclarecendo detalhes inéditos sobre a ação violenta ocorrida em 19 de dezembro de 2024. Na ocasião, um homem armado fez funcionários e clientes reféns no estabelecimento, disparando contra quatro pessoas, incluindo Franciele.
Franciele iniciou a live refutando boatos de que teria qualquer relação com o agressor, Natanael Santos da Silva. “Eu não conheço ele, nunca vi ele na minha vida. A primeira vez que o vi foi no momento da invasão na loja”, afirmou.
A vendedora relatou que o incidente começou quando um homem armado entrou na galeria Panvicon Center, onde a loja está localizada. Funcionários e clientes buscaram refúgio em um depósito na parte superior da loja. Durante a tentativa de conter o agressor, o funcionário Guilherme entrou em luta corporal com ele, mas o homem efetuou disparos. Franciele foi atingida na perna direita e próximo ao coração.
Para tentar controlar a situação e proteger os demais reféns, Franciele sugeriu que Natanael realizasse uma transmissão ao vivo pelo celular da loja, buscando acalmá-lo. “Ele disse que não queria ser morto, e me usou como escudo. Tive a ideia de abrir a live para que ele se sentisse mais seguro”, explicou.
Estado das vítimas
Franciele atualizou o estado de saúde das outras vítimas: Letícia Moura, funcionária, atingida no tórax e nas pernas, e Thayane Oliveira Dias, cliente ferida no tórax e no pé,
não estão mais na UTI e apresentam melhora significativa. Ambas devem ser transferidas para o Hospital Afrânio Peixoto.
Prisão do agressor
Natanael foi preso em flagrante após se render e está detido no Conjunto Penal de Vitória da Conquista. Ele responderá pelos crimes de cárcere privado, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.
Franciele segue em recuperação, com dois projéteis ainda alojados em seu corpo devido aos riscos cirúrgicos. Apesar do trauma, ela se mantém firme e disposta a colaborar com as investigações, que continuam para apurar as motivações do crime.