A Procuradoria da Justiça Desportiva deu prazo de três dias para que o Vasco da Gama preste esclarecimento sobre os cantos homofóbicos que partiram de alguns torcedores, no último domingo (25), durante jogo contra o São Paulo em São Januário.
O Vasco venceu a partida por 2 a 0. A procuradoria pede que o clube informe quais procedimentos foram adotados de forma preventiva e repressiva durante o episódio. Após o prazo de três dias, será analisada a possibilidade de denúncia contra o clube.
Em nota oficial, o Vasco da Gama repudia “a manifestação de caráter homofóbico por parte de alguns de seus torcedores”. O clube lembrou ainda que “o combate a este tipo de postura não deve ser motivado pelo receio de punição desportiva (eventual perda de pontos), mas, sim, por uma questão de cidadania, respeito ao próximo e cumprimento da lei”.
A nota ainda destaca que o Vasco é a “casa de todos” e que vai promover ações educativas, contribuindo no processo de conscientização para “que atos de preconceito fiquem no passado”.
O treinador do São Paulo, Cuca, também falou sobre o episódio de homofobia. “É um caso delicado, mas o mundo muda e quem sabe a gente não possa ter, no futuro, outro tipo de gritos, que não sejam homofóbicos”, acredita Cuca.
Pela primeira vez na história do futebol brasileiro, um jogo foi paralisado por conta de manifestações homofóbicas. O juiz Anderson Daronco relatou o fato na súmula, como orienta o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que, dependendo do caso, não descarta punições mais graves aos clubes, como multa, perda de pontos e até a eliminação do campeonato.
Com informações da EBC.
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