Salvador se prepara para celebrar 103 anos de festejos à Rainha do Mar
- Da Redação
- 28 de jan.
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Salvador já se prepara para mais uma edição da tradicional Festa de Iemanjá, marcada para o domingo, 2 de fevereiro de 2025. A celebração, consolidada como a maior festa religiosa da cultura afro-brasileira na Bahia, completa 103 anos com o tema “Renascer com as Águas de Yemanjá”.
Organizada pela Prefeitura de Salvador, por meio da Empresa Salvador Turismo (Saltur), em parceria com a Colônia de Pesca Z1, no Rio Vermelho, a festa é reconhecida como patrimônio imaterial da cidade pela Fundação Gregório de Mattos (FGM) desde 2020.
Os festejos começam na madrugada de sábado (1º), à meia-noite, com a entrega do presente de Oxum no Dique do Tororó. A cerimônia terá início no Terreiro Olufanjá – Ilê Axé Iyá Olufandê, no bairro do Beiru, com o cortejo saindo às 23h20.
No domingo (2), o ponto alto da festa acontece com a saída do presente principal de Iemanjá, às 4h30, também do Terreiro Olufanjá. A chegada à Colônia de Pesca Z1 está prevista para as 5h, acompanhada de uma alvorada de fogos. O presente ficará exposto no caramanchão até as 16h, onde adeptos podem deixar seus próprios presentes, como flores e perfumes, em grandes balaios organizados pela equipe.
Após as 16h, o presente será conduzido ao mar pelos pescadores, até o Buraco de Iaiá, a 3 milhas náuticas da costa.
Tradição e devoção
Desde 1923, a Festa de Iemanjá reúne milhares de fiéis e admiradores que reverenciam a Rainha do Mar em busca de proteção, bênçãos e fartura. A tradição começou com pescadores que, diante da escassez de peixes, decidiram ofertar presentes à divindade das águas.
Ao longo de todo o dia 2, o bairro do Rio Vermelho se torna palco de celebrações, com filas organizadas para entrada na Casa de Iemanjá e no Barracão. Para Nilo Garrido, presidente da Colônia de Pesca Z1, o evento é único: “É uma festa lindíssima e incomparável. Antes de ser pescador, eu já participava desde os 12 anos de idade. Como pescador, já são 37 anos nessa tradição.”