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VLT de Salvador inicia testes em 2026; operação assistida começa no segundo semestre

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Os testes técnicos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador estão previstos para começar no primeiro semestre de 2026, segundo informações divulgadas pelo Governo da Bahia. A operação assistida com passageiros deve ter início no segundo semestre do mesmo ano, marcando a primeira etapa de funcionamento do novo sistema de transporte que atenderá a capital e a Região Metropolitana (RMS). A conclusão total da obra está prevista para 2028.


O anúncio ocorre após críticas recorrentes ao governo Jerônimo Rodrigues (PT) pelos atrasos no projeto, idealizado para substituir os trens do Subúrbio Ferroviário, cuja operação foi encerrada em 13 de fevereiro de 2021. Desde então, moradores que pagavam R$ 0,50 pelo transporte passaram a depender exclusivamente de ônibus, com tarifa de R$ 5,60.


Estrutura do novo sistema


O VLT terá 40 quilômetros de trilhos e 42 paradas, divididos em três trechos:


Comércio – Ilha de São João

Paripe – Águas Claras

Águas Claras – Piatã


As intervenções, que somam investimentos de R$ 5,4 bilhões, incluem drenagem, macrodrenagem, contenção de encostas, iluminação, urbanização e construção de estações. A apresentação oficial dos primeiros trens ocorreu nesta quarta-feira (3), em um ato na Avenida Paralela.


Os veículos exibidos possuem sete módulos. “Estamos fazendo esse investimento importante para devolver ao Subúrbio o seu lugar de destaque. Já no primeiro semestre de 2026, os testes técnicos serão iniciados e, em breve, a população soteropolitana vai usufruir desse moderno meio de transporte”, afirmou o governador Jerônimo Rodrigues.


A previsão é de que 40 trens operem na fase final do projeto.


Atrasos e críticas


A população do Subúrbio Ferroviário está há quase quatro anos sem o serviço ferroviário de baixo custo. Os trens atendiam cerca de 7 mil passageiros por dia. Após a desativação, o governo disponibilizou cinco ônibus gratuitos para auxiliar o deslocamento dos moradores, medida considerada insuficiente por lideranças comunitárias.


Os atrasos do VLT foram destaque no Jornal Nacional em 2024, em reportagem que citou possível “desperdício” de dinheiro público. A matéria lembrou o contrato firmado com o Consórcio Skyrail Bahia, formado pelas empresas chinesas BYD e Metrogreen, para execução do projeto inicial, orçado em R$ 1,5 bilhão, mas nunca concluído.


O governo contestou a denúncia:


“O Jornal Nacional errou ao dizer que houve desperdício de dinheiro público. Todo o valor investido até aqui foi empregado em anteprojetos e canteiro, que serão reaproveitados no novo projeto”, afirma a nota oficial.


Após romper o contrato, o Estado lançou nova licitação, que chegou a ser suspensa por decisão do juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Eduardo Almeida Britto, sob alegação de “graves ilegalidades”. O Tribunal de Justiça da Bahia revogou a suspensão e autorizou a continuidade do processo a pedido do governo.

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