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Adolescente morto em ação policial entra para estatística crescente de jovens atingidos por tiros na Bahia

Adolescente morto em ação policial entra para estatística crescente de jovens atingidos por tiros em Salvador
Adolescente morto em ação policial entra para estatística crescente de jovens atingidos por tiros em Salvador

No dia 28 de setembro, o estudante Caíque dos Santos Reis, de 16 anos, foi morto após ser atingido por disparos feitos por policiais em Salvador. Segundo testemunhas, o adolescente caminhava quando foi abordado pelos agentes, que ordenaram que levantasse as mãos. Em seguida, Caíque foi baleado na perna e, depois, atingido por outros disparos, não resistindo aos ferimentos.


O jovem, que se preparava para iniciar um trabalho como atendente de confeitarias, tornou-se mais uma vítima da violência armada que atinge adolescentes na capital e região metropolitana.


De acordo com um mapeamento do Instituto Fogo Cruzado, entre 1º de janeiro e 18 de outubro de 2025, ao menos 55 adolescentes foram atingidos por tiros na Grande Salvador — um aumento de 34% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desses, 36 morreram e 19 ficaram feridos.


As principais causas apontadas pelo levantamento incluem homicídios ou tentativas, operações policiais, disputas entre grupos, ataques a civis e disparos acidentais.


Para Dudu Ribeiro, integrante da Rede de Observatórios da Segurança na Bahia e diretor-executivo da Iniciativa Negra, o cenário é reflexo de uma violência estrutural que tem atingido cada vez mais cedo a juventude baiana.


“Salvador convive há muitos anos com uma mudança triste, perceptível nas idades inscritas nas lápides dos cemitérios da cidade”, afirmou ao Correio da Bahia.

Violência perto das escolas


O perigo também está próximo dos espaços de ensino. Um estudo realizado pelo Instituto Fogo Cruzado em parceria com a Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas mostrou que, entre julho de 2022 e agosto de 2024, foram registrados 728 tiroteios em um raio de até 300 metros de escolas públicas de Salvador. O número representa 26% de todos os tiroteios mapeados na cidade nesse período.


Destes episódios, 43% ocorreram durante operações policiais, evidenciando o risco constante enfrentado por estudantes e comunidades escolares.

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