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Bahia lidera homicídios de adolescentes e está entre os estados que mais matam crianças, revela Atlas da Violência

Bahia lidera homicídios de adolescentes e está entre os estados que mais matam crianças, revela Atlas da Violência
Bahia lidera homicídios de adolescentes e está entre os estados que mais matam crianças, revela Atlas da Violência

A Bahia mais uma vez aparece em destaque negativo no cenário nacional da violência. Segundo dados do Atlas da Violência divulgados nesta segunda-feira (12), o estado lidera o número de homicídios entre adolescentes de 15 a 19 anos e ocupa o terceiro lugar no ranking de assassinatos de crianças de até 4 anos no Brasil.


Em 2023, 14 crianças de 0 a 4 anos foram mortas na Bahia. Apenas o Rio de Janeiro (24 mortes) e São Paulo (18) registraram números maiores. A taxa de homicídios nessa faixa etária chega a 1,4 por 100 mil habitantes, evidenciando que nem mesmo os mais jovens estão livres da realidade da violência.


Entre crianças de 5 a 14 anos, o cenário é ainda mais alarmante. A Bahia lidera o ranking nacional com 48 homicídios registrados no ano passado, à frente do Rio de Janeiro (33) e São Paulo (30). A taxa de homicídios nessa faixa etária é de 2,3 por 100 mil habitantes, atingindo diretamente uma população em idade escolar e refletindo o impacto da violência armada e do abandono social.


No entanto, é entre os adolescentes de 15 a 19 anos que a situação se agrava drasticamente. A Bahia registrou 945 assassinatos nessa faixa etária em 2023, quase o dobro do número registrado no Rio de Janeiro (504), que ocupa o segundo lugar. Pernambuco (392), Ceará (347) e Minas Gerais (234) completam a lista dos estados com maiores registros. A taxa de homicídios entre adolescentes baianos alcançou 83,4 por 100 mil habitantes, número considerado epidêmico pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que classifica como crítico qualquer índice acima de 10.


Os dados reforçam o alerta sobre a escalada da violência letal juvenil no estado e levantam questionamentos sobre a efetividade das políticas públicas voltadas à proteção de crianças e adolescentes. Especialistas apontam para a necessidade de ações integradas entre áreas como segurança, educação, assistência social e saúde, com foco na prevenção e no enfrentamento das causas estruturais da violência.


O Atlas da Violência é produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com base em registros oficiais de mortes violentas intencionais em todo o país.

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