Baiano Bruno Barral é afastado do cargo de secretário de Educação de Belo Horizonte por decisão do STF

O baiano Bruno Barral foi afastado do cargo de secretário de Educação de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (3), por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Kassio Nunes Marques. A decisão faz parte da 3ª fase da Operação Overclean, que investiga um esquema de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal (PF) cumpriu 16 mandados de busca e apreensão, além do afastamento cautelar do gestor. A operação foi realizada em Belo Horizonte (MG), Salvador (BA), Aracaju (SE) e São Paulo (SP). Na capital baiana, um dos alvos foi um endereço de Barral no condomínio Mansão Villa de São Vicente, no bairro Caminho das Árvores. Outro mandado foi cumprido no Porto Trapiche Residence, contra o empresário Marcos Moura.

As investigações apontam que a organização criminosa atuava no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e em outros órgãos públicos, direcionando recursos de emendas parlamentares e convênios para empresas ligadas a administrações municipais. O esquema envolvia superfaturamento de obras e desvios financeiros, movimentando cerca de R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos.

Os investigados podem responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. A PF e a Controladoria-Geral da União (CGU) seguem com as apurações para identificar todos os envolvidos.