Com apresentação emocionante ao lado do filho e Xangai, Elomar encerra Virada Cultural 2025 na Praça da Sé

A Virada Cultural 2025 foi encerrada neste domingo (25) com uma apresentação emocionante do compositor baiano Elomar Figueira Mello, de 87 anos, na Praça da Sé, em São Paulo. Considerado um dos maiores nomes da música brasileira, Elomar subiu ao palco acompanhado do filho, João Omar de Carvalho Mello, em um espetáculo marcado pela emoção e pela forte conexão com o público.

Devido a limitações de saúde, Elomar não toca mais violão, mas interpretou alguns dos principais clássicos de sua carreira, como O Violeiro, em uma performance que comoveu os presentes. A escolha da canção, segundo João Omar, foi especial. “Insisti para que a incluíssemos porque é uma música emblemática na trajetória dele”, afirmou o músico, que acompanhou o pai ao violão ao longo de toda a apresentação.

O público, que lotou a Praça da Sé, reagiu com entusiasmo e reverência, cantando junto e aplaudindo de pé a cada canção. Mesmo com a grandiosidade do espaço e o cenário urbano, o clima criado por Elomar foi de intimidade, como um encontro entre velhos conhecidos. “Para ele, São Paulo é um modelo de cidade. Ele tem muito respeito por esse lugar”, comentou João Omar.

A apresentação simbolizou não apenas o encerramento da edição de 2025 da Virada Cultural, mas também um raro momento de aparição pública de Elomar, que mantém uma vida reclusa, distante dos holofotes. Sua obra, marcada pela fusão entre o cancioneiro popular nordestino e elementos do romanceiro medieval, segue influente e reverenciada por músicos, críticos e admiradores de diversas gerações.

A despedida do palco foi discreta, como é característico do artista. Ainda assim, a presença de Elomar deixou uma marca indelével no evento, reafirmando seu papel como um dos pilares da música brasileira.