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'Predador: Terras Selvagens' tenta reinventar a franquia ao trazer o protagonista como herói


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Há momentos no cinema em que certas histórias deveriam ser deixadas como estão — especialmente quando já funcionam perfeitamente. É claro que novidades são bem-vindas em franquias consagradas, mas alguns elementos deveriam permanecer intocados. Um exemplo claro é o predador, a icônica criatura extraterrestre desenvolvida há mais de 30 anos, cuja essência sempre foi caçar e aterrorizar suas presas.


Predador: Terras Selvagens coloca a figura que dá nome à franquia como protagonista pela primeira vez e distorce a história do monstro caçador para um monstro caçado. A ideia definitivamente parece interessante, mas, da forma em que foi executada, ela não funciona muito bem. O longa tem sido aclamado pela crítica e algumas vezes com muita razão. Cheio de ação e com um visual ambientado na estética dos filmes de sucesso da franquia no passado, o filme traz uma história interessante na tentativa de dar novos rumos à franquia. Do jeito que ele termina, possivelmente, talvez, quem sabe, teremos que nos acostumar a um Predador herói protagonista, o que aí já nem combina tanto. Acho que faltou mais suspense no filme, aquela adrenalina que nos dava ao assistir os filmes antigos da franquia.


Talvez porque conheçamos o monstro como um antagonista monstruoso desde 1987, não era esperado acompanhá-lo em uma "jornada do herói". Desde o trailer, a humanização do Predador não foi bem recebida — o personagem aparece menor, menos aterrorizante e sem a imponência habitual. As tentativas de humanizado-lo são um pouco constrangedoras. O filme traz ainda algumas pitadas de humor, mas abandona total o suspense. E mesmo com essa total descaracterização do personagem 'Predador: Terras Selvagens' é um ótimo filme, mesmo que não seja o predador que a gente queria ver, mas ainda sim nos faz querer vê-lo mais e mais.


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