Prefeito de Wenceslau Guimarães é preso em flagrante com arma de fogo na 7ª fase da Operação Overclean; gestor é aliado do deputado Dal Barreto
- Da Redação

- 16 de out.
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O prefeito de Wenceslau Guimarães, Gabriel de Parisio (MDB), foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo durante o cumprimento de mandados da sétima fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (16).
Os agentes realizaram buscas na sede da Prefeitura e na residência do gestor, que é ligado politicamente ao deputado federal Dal Barreto (União Brasil-BA) — também investigado na operação.
A ação faz parte de uma ampla investigação sobre fraudes em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos em municípios baianos. Nesta etapa, a PF também afastou do cargo o prefeito de Riacho de Santana, João Vítor (PSD), por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com as investigações, João Vítor seria sócio político e empresarial de Dal Barreto, apontado como um dos articuladores do esquema.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, uma medida cautelar de afastamento de agente público e ordens de sequestro de valores obtidos de forma ilícita nas cidades de Salvador, Riacho de Santana, Wenceslau Guimarães (BA) e Arraial do Cabo (RJ).
Os mandados foram expedidos pelo STF e atingem diretamente o núcleo político da organização criminosa investigada.
Segundo a Polícia Federal, os investigados poderão responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
A Operação Overclean, iniciada em dezembro de 2024, apura um esquema milionário de corrupção envolvendo recursos públicos provenientes de emendas parlamentares. As investigações identificaram licitações direcionadas, contratos superfaturados e o uso de empresas de fachada para simular concorrência e movimentar os valores desviados.
Ainda de acordo com a PF, as fraudes eram sistêmicas e bem estruturadas, com núcleos político, empresarial e contábil atuando de forma coordenada para liberar verbas, emitir notas fiscais falsas e lavar o dinheiro desviado.



