"Que sejamos vistos": Pai Léo de Otym destaca visibilidade de povos tradicionais em conferência
- Da Redação
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A 4ª Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial, realizada nesta quinta-feira (5), no Auditório Lúcia Dórea (Cemae), em Vitória da Conquista, foi marcada por um momento simbólico e de profunda representatividade: a saudação ancestral conduzida pelo babalorixá Pai Léo de Otym. Ele resumiu o sentimento de muitas lideranças presentes. “A conferência representa um avanço imenso. Que momentos como esse ocorram todos os anos e que as pessoas saibam que estamos aqui, sejam negros, povos de terreiro ou quilombolas. Acho que esse espaço vai ser bom para isso, para que sejamos vistos”, declarou.
O evento, promovido pela Prefeitura de Vitória da Conquista em parceria com o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, teve como tema central “Igualdade e Democracia: Reparação e Justiça Racial”. A proposta foi reunir representantes da sociedade civil e do poder público para debater ações voltadas à promoção da igualdade racial e ao combate ao racismo estrutural.
A conferência contou ainda com a presença de lideranças indígenas, quilombolas, representantes da Sepromi, vereadores e gestores municipais. Durante o encontro, foram debatidas propostas divididas em três eixos temáticos: Igualdade e Democracia; Justiça Racial; e Reparação.
Vitória da Conquista é reconhecida por abrigar uma das maiores populações quilombolas do país, com 33 comunidades — sendo 32 rurais e uma urbana. Além disso, conta com comunidades indígenas como Ribeirão dos Paneleiros, que também participaram ativamente das discussões.
As propostas resultantes da conferência serão encaminhadas para as etapas estadual e nacional, com o objetivo de contribuir para a formulação de políticas públicas que atendam às necessidades das comunidades tradicionais.